domingo, 9 de agosto de 2009

Core 2 Duo – "o melhor processador do mundo"?
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Por Flavio Xandó +Biografia
05 de Agosto de 2006


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Nesta semana foi lançado pela Intel seu novo produto, de fato uma nova família, que é ao mesmo tempo sua grande aposta. Não sei se as pessoas presentes ao lançamento como eu também contaram, mas eu contabilizei que a frase “o melhor processador do mundo” foi dita 32 vezes durante a apresentação. Será que é isso tudo? Esta coluna visa apresentar o Core 2 Duo sob uma ótica intermediária e sob o ponto de vista de uso prático. Quem quiser saber detalhes aprofundados sobre a construção do chip ou características dos transistores Tri-gate integrados e coisas assim, consulte o site da Intel ou outro mais técnico. O que quero é destacar os pontos que chamaram a minha atenção e considerar as possibilidades de sucesso desta empreitada da Intel.





O novo processador Core 2 Duo

Alguns esclarecimentos se fazem necessários. No final de 2005 a Intel tinha lançado o Core Duo, um novo processador para ambiente de mobilidade, cujo codinome fora Yonah. Este trouxe inovações consideráveis a começar pelos dois núcleos para ambientes de notebooks, uso inteligente da memória cache grandes ganhos no gerenciamento de energia. As pessoas podem achar que o Core 2 Duo é uma evolução desta plataforma de mobilidade. De fato é, mas transcende o ambiente dos notebooks. É um lançamento para todos os tipos de PCs : notebooks, desktops e extreme-desktops (games). Na verdade o Yonha (Core Duo) era um grande passo na direção do Core 2 Duo, como se fosse um aviso para o mercado “vejam o que está por vir”. Uma considerável diferença é que toda família Core 2 Duo é 64 bits enquanto o Core Duo (Yonah) se limita ao universo de 32 bits. Isso não significa que seja uma plataforma ruim, muito pelo contrário. Ainda é a segunda melhor plataforma disponível na Intel e provavelmente os notebooks Core Duo terão reduções de preços interessantes trazendo consigo um interessante custo-benefício.

Muito se falou que por conta do lançamento do Core 2 Duo a Intel estaria “matando” o Pentium 4. Não, o P4 continua vivo como sempre mas conforme o discurso da Intel “cascateado” para um nicho de mercado mais próximo do segmento de entrada. Fala-se em “PC para todos” ou “PC popular” baseado no P4 por preços como R$ 1.399.

Mas será mesmo que era procedente a Intel repetir por 32 vezes que o Core 2 Duo é o melhor processador do mundo? Vou apresentar algumas das inovações do projeto da família que mais chamaram a minha atenção.





O novo processador Core 2 Duo e sua visão esquemática – Cores e cache

Intel Wide Dynamic Execution : Como são dois núcleos de processamento e cada núcleo pode executar até 4 instruções em um único ciclo, isso agiliza sobremaneira a velocidade final do conjunto.

Intel Smart Memory Access : algoritmos que tentam antecipar a leitura dos dados já estão presentes nos processadores há algum tempo. Porém esta nova tecnologia se encarrega de pré carregar dados da memória para o cache (que é muito mais rápido) e ao mesmo tempo se possível executar um conjunto de instruções fora de ordem (para depois sincronizar as informações) agilizando muito o paralelismo no processamento.

Intel Advanced Smart Cache : esta é a minha tecnologia preferida pela sua genialidade. Os primeiros processadores de dois núcleos (incluindo Intel e AMD) tinham cada um deles a sua própria memória cache. Numa próxima geração a memória era compartilhada, mas na alocação não no uso, ou seja, se o total de cache era 2 Mbytes em um determinado instante um processador poderia alocar 1,5 Mbytes enquanto o outro somente 0,5 mbyte e isso dinamicamente ser alterado. Mas ainda assim cada processador só enxergava a sua própria parte alocada do cache. Agora com o Core 2 Duo o cache que pode ser de 2 a 4 Mbytes é compartilhado de forma real pelos dois núcleos, ou seja, cada uma aloca dinamicamente o seu “quinhão” mas se um dado está no cache alocado por um núcleo do processador o outro núcleo também se beneficia deste conteúdo gravado na memória super rápida que é o cache.

Intel Digital Mídia Boost: para incrementar a performance das aplicações ligadas a multimídia (reprodução de DVDs, codificação de som e vídeo etc.) foram criadas há tempos as instruções SSE. No Core 2 Duo estas instruções operam em blocos de 128 bits (de uma única vez) e isso ocorre em um único ciclo do processador, dobrando a capacidade de processamento deste tipo de instrução em relação à geração anterior.

Capacidade de incrementar ambientes de virtualização (Intel VT) e barramento operando até 1066 Mhz no front side bus complementam o lote de melhorias da família.

Mas qual o resultado prático disso tudo? Eu tive somente dois ou três minutos o prazer de experimentar informalmente uma máquina com o Core 2 Duo. Foi impressionante a agilidade da resposta do computador. Eu tentei estressar um pouco com o clássico teste de forçar uma varredura de um antivírus e isso não fez diferença alguma para a máquina. Era como se nada estivesse acontecendo. Como isso foi muito superficial vou relatar os testes que presenciei durante o lançamento. Um modelo matemático complexo de cálculos foi montado em Excel 12 (beta) rodando no melhor P4 disponível e no Core 2 Duo. Foi uma lavada!! O P4 demorou 39 segundos para completar o ciclo enquanto o Core 2 Duo demorou 13 segundos. O apresentador destacou que este é um caso extremo, mas ganhos da ordem de 100% em relação ao P4 são comuns enquanto que comparado ao Pentium-D (dual core da geração anterior) ganhos de 40% a 50% são também comuns. Em relação ao Core Duo ganhos de 20% são normais.

Um teste provocativo foi feito entre o mais novo e rápido integrante da família Core 2 Duo, a versão “Extreme” e o mais rápido da concorrência (supostamente o Athlon 64 FX-62) e com sistemas de vídeo iguais nas duas máquinas. Neste teste foi usado o DOOM 3 em Demo Mode. O Core 2 Duo Extreme atingiu 205 fps (frames por segundo) enquanto o AMD atingiu 155 fps. Este teste é um forte indicativo, mas ainda não me convenceu por completo, pois além de usar o demo mode do Doom (que não é o melhor teste do mundo) é complicado garantir o equilíbrio dos sistemas de vídeo das duas máquinas. Além disso para mim FPS (frames por segundo) acima de 70 ou 80 são inúteis, não se percebe a diferença ou vantagem prática, portanto este teste acabou comparando duas situações que na prática não traz grande benefício ao jogador. Mas a despeito disso, os 4 Mbytes de cache, 1066 Mhz de frontside bus, clock de 2,93 Mhz conseguem realmente entregar um desempenho impressionante para aqueles que necessitam de velocidades extremas, sejam estes jogadores contumazes (ou profissionais) ou usuários de aplicações extremamente complexas que requeiram este nível de performance.





O novo processador Core 2 Duo Extreme

Para mim não há dúvidas de que a Intel tem uma poderosa arma na mão. De fato este produto, esta família, pode marcar uma época no mundo dos PCs. Por outro lado o principal concorrente não está dormindo e se já tinha um ótimo produto também, deve reagir à altura. No final o que interessa aos usuários é o sempre procurado equilíbrio do custo benefício. Faixas de preços se alteram quando uma nova família é lançada. Os “power users” saborearão o máximo que estes lançamentos podem oferecer. Os outros usuários, que mal aproveitam o desempenho de seu Pentium 4 HT podem conseguir evoluir suas plataformas para outra melhor, por um custo menor ou abraçar também a nova família. O tempo dirá se estamos mesmo vendo “o melhor processador do mundo”, mas de uma coisa eu tenho certeza, poderemos ver sim a “melhor competição do mundo” que pode resultar em vantagens para nós os usuários.


Você acha que o Core 2 Duo poderá se tornar o "melhor processador do mundo"?
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